Às vezes falo em dialeto.
E o som que se arrasta parece não agradar.
Minha voz tem genitália - uma que nunca existiu.
Nasal e trancada como uma ostra
Parece bombardear ao meu holocausto interior.
E quando falo, preenche-me um eco,
Como a sustentar partes de mim.
Ela tem a cor da liberdade,
E quando falo a sensibilidade pousa no ar.
Tem o tom melancolico como a de um sertanejo
A apartar os "erres".
E quando falo, pareço castrar um próximo ato viril.
Um comentário:
Eu até escreveria um comentário decente se soubesse o que escrever... Mas se me acompanhar num café posso te contar tudinho o que achei! (=
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